Flamboian
Um dia qualquer.
Renata Batista – 23/01/20
Chuva fina a molhar os carros que passam.
O flamboiam tímido se encolhe com a brisa fria.
Transeuntes passam apressados.
Mas em algum lugar tudo se aqueceu.
Portas se abriram.
Coração acelerado, o improvável se apresentou.
Olhares tímidos, mas o instinto denuncia.
Boca molhada, mãos suadas.
Dia cinzento lá fora, e aqui dentro um arco Iris de explosão, não diga não.
Tudo queimando, e tu me olhando.
E num dia qualquer, cinzento e sem graça.
Tudo virou graça, sorrisos, palavras.
O contentamento de saber que nesse momento não se usa máscaras.
Apenas o sentir, e quando menos se espera a vida acontece, coração acelera, é hora da entrega, fugaz e com pressa.
A vida não espera.